
Como alguém que realmente gostava e valorizava a vida, Senna curtia seus momentos longe das pistas com atividades que o desligassem completamente daquele mundo. Ou, pelo menos, tentava. Um de seus passatempos prediletos era a pescaria, contrapondo completamente as caóticas pistas de corrida que adorava habitar. Desenvolveu também uma paixão pelo aeromodelismo.
Além das corridas de carros, Ayrton dedicava-se a tudo que apresentasse algum nível de velocidade, como por exemplo: jet-skis, motos, aeromodelos e principalmente helicópteros. Senna no Helicóptero Ayrton tinha o seu próprio helicóptero – um Esquilo – e acabou por tornar-se piloto privado, conseguindo o seu brevê em 1993. No dia 10 de outubro de 1993, Ayrton realizou o 'check final' do brevê. Depois de uma hora e 40 minutos de voo, o coronel Fiúza – oficial da Força Aérea Brasileira – que ficou incumbido de "brevetar" Senna para helicópteros, ficou impressionado com a qualidade do novo "brevetado". Ayrton teve três helicópteros "Esquilos", pilotando dois deles, o HYO e o HNY. No total, voou pouco mais de 100 horas, registradas na CIV (Caderneta de Informações de Voo). Sua última decolagem aconteceu no dia 3 de abril de 1994, partindo de sua fazenda em Tatuí – interior de São Paulo – para o Campo de Marte – zona norte da capital paulista.